A democracia na UnB não pode ser interrompida novamente
Como se não bastasse a gravíssima pandemia que já matou mais de 40 mil pessoas no pais e contaminou outras 780 mil, sem falar nas dores, sofrimentos de todas as ordens que tem abatido nossa população, dia sim dia não nos chegam “surpresas” que insistem em abalar a autonomia das universidades e institutos federais brasileiros e ameaçarem nossos princípios democráticos.
Universidade: a democracia ameaçada
Tomo emprestado o título do livro organizado pelos professores Waldir Rampinelli, Valdir Alvim e Gilmar Rodrigues[i], da Universidade Federal de Santa Catarina, de que recomendo leitura, não só por se tratar de uma obra cujos autores nos instigam a pensar o cotidiano da vida universitária, mas pelo imbricamento dos 14 artigos que nos convocam fortemente a nos preocupar com a ruptura do discurso e da prática democrática no interior da instituição chamada universidade, que por princípio deveria ser o berço do exercício, em profundidade, da democracia como bem civilizatório.
Os fios que tecem o pensamento educativo em tempos de pandemia: um encontro consigo mesmo
O que significa educar em um tempo para o qual não estamos preparados(as)? Um tempo cujo relógio nos arrasta avassaladoramente, entre suas horas, minutos e segundos, sem que tenhamos fôlego para sequer imaginar que um dia iríamos vivê-lo? Estou entre aquelas pessoas que, até então, jamais haviam se deparado com a possibilidade de uma situação em que viéssemos a conviver com determinados tipos de privações, a exemplo do confinamento em nossas próprias casas, mas mantendo-nos em determinadas atividades – teletrabalho, acompanhamento escolar remoto de filhos(as) – e fugindo da desinformação, em uma conjuntura absolutamente atípica e entristecedora, que nos causa estranheza frente aos novos modos de convivência com os quais nos deparamos durante a pandemia do Covid-19.
A grandeza de Brasília é muito maior do que aqueles que por aqui passam.
Resiste a temporais políticos e à ventania das palavras descabidas soltas ao vento.
É forte, porque vem sendo construída ao longo dos seus atuais 60 anos pelas mãos, mentes e corações de bravas mulheres e homens determinados. Bravas porque não temeram deixar para trás suas cidades de origem para edificar, em pleno planalto central, a princesa do Cerrado, a cidade da esperança, nossa capital nacional. Determinados, pois muitos doaram até o próprio sangue por seus ideais.